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terça-feira, 29 de março de 2011

MÃO AMIGA

"Depois de um longo e tenebroso inverno,
onde quase pus a perder minha vida,
e mergulhei no mais profundo inferno,
tenho a chance de curar esta ferida!

Pouco faltou, mesmo a sorte,
para que eu destruísse minha vida,
cheguei a pensar mesmo em morte,
como se fosse a única saída!

E pra que fique bem registrado,
e seja feita total justiça,
por alguém fui ajudado,
a reavivar a chama mortiça.

Por mais baixo que estivesse,
naquele poço tão profundo,
tua mão me estendeste,
mantendo íntegro meu mundo!

Em verdade, tive sorte,
de tê-la, por perto, estes tempos,
evitaste, quiçá, minha morte,
ou que mergulhasse, em desalentos!

Foste o tronco que sustenta a folha,
contra todas pragas e perigos,
e apesar de sempre ter escolha,
me mantiveste entre teus amigos!

Mais de mil vezes grato,
conte sempre comigo,
sou tudo, menos ingrato,
e para sempre, teu amigo!

Amigo é aquele que nos aceita,
da forma e jeito que somos,
nem cobra o que não podemos,
ou por erros, nos rejeita.

Amigo é puro carinho,
seja sério ou galhofeiro,
não nos larga sozinho,
aceita-nos por inteiro!"
A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos.
Charles Chaplin
Podemos acreditar que tudo que a vida nos oferecerá no futuro é repetir o que fizemos ontem e hoje. Mas, se prestarmos atenção, vamos nos dar conta de que nenhum dia é igual a outro. Cada manhã traz uma benção escondida; uma benção que só serve para esse dia e que não se pode guardar nem desaproveitar.
Se não usamos este milagre hoje, ele vai se perder.
Este milagre está nos detalhes do cotidiano; é preciso viver cada minuto porque ali encontramos a saída de nossas confusões, a alegria de nossos bons momentos, a pista correta para a decisão que tomaremos.
Nunca podemos deixar que cada dia pareça igual ao anterior porque todos os dias são diferentes, porque estamos em constante processo de mudança.
Paulo Coelho

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Quem sou eu

Não sei quem sou, que alma tenho.
Quando falo com sinceridade não sei com que sinceridade falo.
Sou variamente outro do que um eu que não sei se existe (se é esses outros)...
Sinto crenças que não tenho.
Enlevam-me ânsias que repudio.
A minha perpétua atenção sobre mim perpetuamente me ponta
traições de alma a um carácter que talvez eu não tenha,
nem ela julga que eu tenho.
Sinto-me múltiplo.
Sou como um quarto com inúmeros espelhos fantásticos
que torcem para reflexões falsas
uma única anterior realidade que não está em nenhuma e está em todas.
Como o panteísta se sente árvore  e até a flor,
eu sinto-me vários seres.
Sinto-me viver vidas alheias, em mim, incompletamente,
como se o meu ser participasse de todos os homens,
incompletamente de cada 
por uma suma de não-eus sintetizados num eu postiço.